Diretrizes da OMS para o tratamento da dor lombar crônica

A dor lombar (lombalgia) é uma doença muito comum, vivenciada pela maioria das pessoas em todo o seu curso de vida. Em 2020, uma em cada 13 pessoas experimentou um quadro de lombalgia, o que representa um aumento de 60% nos casos desde 1990. Indiscutivelmente, a dor lombar crônica é um fardo global.

Tendo em vista a variação de medidas de cuidados e de conhecimento, persistem lacunas de competência entre os profissionais de saúde, que por vezes não se baseiam em evidências científicas em comum. Até então, nenhuma diretriz havia considerado a gestão da lombalgia crônica em adultos a partir de uma visão global de saúde pública.

A experiência de lombalgia pode gerar perda de capacidades físicas e mentais, com restrição de mobilidade e de participação social, levando a problemas psicossociais, comorbidades e maior mortalidade, além de correlação direta com outras dores musculoesqueléticas, fragilidade/quedas, incontinência urinária e sono insatisfatório.

O objetivo da diretriz da OMS é fornecer recomendações baseada em evidências sobre intervenções não-cirúrgicas para dor lombar crônica, para o treinamento de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e gestores de programas e sistemas), classificando 37 intervenções de acordo com o grau de evidência.

A seguir, temos, de forma, resumida, as intervenções que são fortemente recomendadas pela Organização Mundial de Saúde:

  • TERAPIAS DE EXERCÍCIOS ESTRUTURADOS (FISIOTERAPIA)
  • ACUPUNTURA
  • MANIPULAÇÃO
  • MASSAGEM
  • INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA (TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
  • AINES
  • “TOPICAL CAYENNE PEPPER”


Não recomendadas:

  • TRAÇÃO
  • ULTRASSOM
  • TENS (Estimulação Elétrica Transcutânea)
  • OPIOIDES
  • ANTI-DEPRESSIVOS
  • RELAXANTES MUSCULARES
  • ANTICONVULSIVANTES (Pregabalina/Gabapentina)
  • ESTEROIDES
  • SUPLEMENTOS ALIMENTARES
  • EMAGRECIMENTO FARMACOLÓGICO


DÚVIDAS (Pouca evidência):

  • MINDFULNESS
  • ACETAMINOFENO
  • BENZODIAZEPÍNICOS
  • COMPOSTOS DERIVADOS DE CANNABIS

Para organizar a avaliação clínica e o oportuno encaminhamento, quando indicado, procure informações e conselhos personalizados, através de especialistas conscientes das intervenções que sigam critérios estabelecidos.

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